SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36



Tu quoque

12/11/2020

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Em tempos de eleição é fundamental o diálogo.

A dialética, tese, antítese, conclusão, é fórmula básica.

A dificuldade é a conclusão.

Debatedores, intransigentes no mais das vezes tem notável dificuldade em manter-se no campo das ideias.

Quanto menos ético o debatedor, menos no campo das ideias há de ficar.

Quando os argumentos, ou o vocabulário terminam, o que resta são as agressões.

Ofensas pessoais, rogadas em ira, são um clássico. O popular “apelou, perdeu”.

Você é o outro. Tu quoque. Trata-se de falácia, vício de argumentação, em que um debatedor com dificuldade intelectual ou moral deixa os trilhos da saudável dialética e invade o campo da vida pessoal do outro.

A busca é de a discussão descambe para questões de natureza pessoal. A tática funciona para buscar rebaixar o debatedor ao raso nível do argumentador que se vale da tática ou para mitigar a própria incapacidade ou para impedir que o assunto, o tema, o objeto da argumentação siga sendo discutido.

Por vezes o assunto em discussão não favorece. O argumentador não tem elementos para defender o indefensável.

O que lhe resta?

Apelar.

O ataque pessoal ao debatedor.
Expor as vísceras de problemas pessoais, inventar, caluniar, ofender, nessa seara e para tais tudo é permitido.

Prontos a tirar o cisco do olho alheio, pouco importa se o próprio olho estiver com uma trave.

Quando se trata de discussões públicas, contudo, a falácia, o vício de raciocínio tende ao mesmo tempo a tentar ocultar um argumento importante, dissimular a limitação de quem argumenta e, principalmente, para mostrar um político que não respeita sequer o eleitorado em período de campanha.

Se assim escamoteia a boa fé nas relações interpessoais, imagine o leitor como tratará seus direitos ou sua cidade se forem eleitos.

Tu quoque.  



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