Surto de Bronquiolite mobiliza saúde em São José do Rio Pardo e região
30/05/2025
Com a chegada do outono e do inverno, os prontos-socorros pediátricos em todo o Brasil registram um aumento significativo nos atendimentos por infecções respiratórias. Entre elas, a bronquiolite se destaca como uma das principais causas de internação em bebês com menos de dois anos.
Em São José do Rio Pardo os casos começaram a aparecer e preocupam pais e cuidadores de bebê e gestores da saúde.
O assunto foi pauta da última reunião do Conselho Municipal de Saúde que solicitou a Saúde uma campanha de informação que começou a ser veiculada pelas redes sociais da prefeitura.
A prefeitura informou que médicos, há alguns anos, já são contratados por credenciamento e com cargas horárias variáveis. Desta feita, caso haja necessidade, basta convocar os credenciados. Ainda, é importantissimo mencionar, os medicos das UBS são para atendimento de 0-100 anos e apenas casos mais complexos deverão ser encaminhados à unidade de pediatria.
O Pronto Socorro já esta trabalahndo com um clinico a mais nos dias e horarios de alta demanda e a abertura das unidades de saude em horario estendido está sendo estudado.
Lembrando que o PS possui retaguarda de pediatria com plantoes divididos entre os doutores Antonio, Samuel, Bruna Karina Junqueira.
A secretaria de Saúde reforçou o atendimento pediátrico diante do aumento de casos de bronquiolite
Com o avanço dos casos de bronquiolite entre crianças, a Secretaria Municipal de Saúde anunciou medidas emergenciais para reforçar o atendimento nas unidades de saúde. A iniciativa visa garantir assistência adequada aos pequenos pacientes e tranquilizar os pais diante do cenário atual.
Erica Bertelli Penha, secretária de Saúde, informou que foi designado um médico adicional para o ambulatório, além da abertura de uma nova sala de triagem específica para acolhimento de crianças com sintomas respiratórios.
“Toda criança que apresentar sinais compatíveis será avaliada imediatamente. Se necessário, realizaremos exames laboratoriais e de imagem durante o atendimento”, explicou.
Para os casos que demandarem internação, a Santa Casa conta com uma equipe médica e de atendimento especilizada.
A secretária ainda informou que o pronto socorro está atuando com retaguarda composta pelos pediatras Dr. Samuel, Dr. Antônio Carneiro, Dra. Bruna Saliba e Dra. Karina: “Esses profissionais estão preparados para acompanhar as crianças internadas, assegurando o suporte necessário durante todo o período de tratamento”, destacou Érica.
A bronquiolite é uma infecção viral que afeta principalmente crianças menores de dois anos, sendo mais comum entre os 2 e 6 meses de idade. Os sintomas iniciais podem se assemelhar aos de um resfriado, mas a doença pode evoluir rapidamente para quadros mais graves, com dificuldade respiratória e necessidade de hospitalização.
Secretaria de Saúde
Diante disso, a Secretaria de Saúde reforça a importância de medidas preventivas, como a higienização frequente das mãos, evitar aglomerações e manter os ambientes bem ventilados. Pais e responsáveis devem estar atentos aos sinais de alerta e procurar atendimento médico ao menor sinal de agravamento dos sintomas.
Com essas ações, a Secretaria busca garantir a segurança e o bem-estar das crianças, oferecendo um atendimento ágil e eficaz frente ao aumento dos casos de bronquiolite na região.
Sobre a Bronquiolite
Apesar de comum, a doença pode assustar pais e cuidadores, especialmente pela rapidez com que os sintomas se agravam.
A bronquiolite é uma infecção viral que atinge os bronquíolos — pequenas vias aéreas dos pulmões — provocando inflamação e acúmulo de muco, o que dificulta a passagem do ar.
O principal causador é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), mas outros vírus, como o rinovírus e o metapneumovírus, também podem estar envolvidos.
A doença afeta principalmente bebês com menos de dois anos, sendo mais frequente entre os 2 e 6 meses de idade.
Prematuridade, doenças cardíacas ou pulmonares congênitas, exposição ao tabagismo passivo e condições socioeconômicas desfavoráveis aumentam o risco de formas graves.
A bronquiolite costuma começar como um resfriado comum, com coriza, tosse leve e febre baixa. Porém, entre o 3º e o 5º dia, os sintomas podem piorar rapidamente:
- Chiado no peito (sibilância)
- Respiração acelerada ou com esforço
- Dificuldade para mamar ou se alimentar
- Irritabilidade e cansaço
- Tiragem intercostal (afundamento das costelas ao respirar)
- Batimento de asas nasais (narinas se abrindo ao inspirar)
- Em casos graves, coloração arroxeada nos lábios ou extremidades (cianose)
O diagnóstico é clínico, feito pelo pediatra com base nos sintomas e no exame físico. Exames complementares, como raio-X ou testes laboratoriais, geralmente não são necessários, exceto em casos mais graves ou com complicações.
Não existe um medicamento específico para combater o vírus causador da bronquiolite. O tratamento é de suporte e varia conforme a gravidade:
Se estiver cuidadando em casa, observe:
- Manter o bebê bem hidratado, oferecendo leite materno ou fórmula com frequência
- Controlar a febre com antitérmicos prescritos pelo médico
- Realizar lavagem nasal com soro fisiológico para aliviar a congestão
- Evitar exposição a fumaça de cigarro e ambientes fechados
- Utilizar um umidificador no quarto para ajudar na respiração
É fundamental buscar atendimento médico imediato se o bebê apresentar:
- Dificuldade respiratória acentuada
- Lábios ou dedos arroxeados
- Pausas na respiração (apneia)
- Recusa alimentar persistente
- Febre alta que não cede com antitérmicos
Em casos mais graves, pode ser necessário suporte hospitalar com oxigenoterapia, hidratação intravenosa e, raramente, ventilação mecânica.
Embora não exista vacina para a maioria dos vírus que causam a bronquiolite, algumas medidas podem reduzir o risco de infecção:
Lavar as mãos com frequência, especialmente antes de tocar no bebê
Evitar contato com pessoas resfriadas ou gripadas
Manter o ambiente arejado e livre de fumaça
Promover o aleitamento materno exclusivo até os seis meses
Em casos de bebês prematuros ou com doenças crônicas, considere conversar com o pediatra sobre a possibilidade de imunização com anticorpos monoclonais durante a sazonalidade do VSR
A bronquiolite é uma doença comum, mas que exige atenção e cuidados adequados.
Pais e cuidadores devem estar atentos aos sinais de agravamento e não hesitar em procurar ajuda médica quando necessário.
Com medidas simples de prevenção e acompanhamento adequado, é possível proteger os pequenos e garantir uma recuperação tranquila.
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