SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36



Jonatas Outeiro escreve esta semana: Um Rei e Sacerdote de Deus

01/06/2025

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Ao escrever a Carta aos Hebreus, o seu autor tinha a missão de encorajar na fé os judeus cristãos de Jerusalém, que pensavam em voltar ao judaísmo, motivados pelo medo e pela incredulidade. Agora o Apóstolo precisava convencê-los que Jesus é infinitamente superior aos sacerdotes israelitas.
Por isso ele apela a uma ordem sacerdotal superior à de Levi, uma ordem a qual o próprio patriarca Abraão se submeteu, ao se curvar diante de Melquisedeque e lhe pagar os dízimos dos despojos da batalha e ser abençoado. Melquisedeque é identificado como Rei de Salém e Sacerdote do Deus Altíssimo. Este também é um tipo de Cristo.

Bíblia dá muito pouca informação histórica sobre Melquisedeque. Tudo o que sabemos está localizado em Gênesis 14, o Salmo 110, e Hebreus capítulos. 5-7. A informação mais detalhada está em Hebreus 7: 1-3.

Embora Melquisedeque não seja igual a Cristo, seu sacerdócio singular e até mesmo seu nome são símbolos significativos de Jesus Cristo e de sua obra.
O Capítulo 7 de Hebreus destaca a centralidade do sacerdócio no judaísmo. Sem ele, não havia sacrifícios, e sem sacrifícios, não havia perdão dos pecados.

A obediência à lei era importante, mas a oferta de sacrifícios, realizada pelos sacerdotes, era ainda mais crucial.

Mesmo a lei sendo divina, os israelitas, por serem pecadores, não conseguiam cumpri-la perfeitamente, o que rompia sua comunhão com Deus.
A única forma de restaurar essa comunhão era através de um sacrifício de sangue, que removia o pecado.

Ao se arrepender e fazer a oferta adequada por meio do sacerdote, a pessoa demonstrava a autenticidade de seu arrependimento e Deus concedia o perdão.

Há muitas conjecturas sobre Melquisedeque. Alguns insistem que ele é um anjo que tomou forma humana por um tempo durante o período em que viveu Abraão, porém o sacerdócio era uma instituição humana, não angelical, por isso Hb. 5.1 diz: “Porque todo sumo sacerdote, sendo tomado dentre os homens, é constituído nas coisas concernentes a Deus, a favor dos homens, para oferecer tanto dons como sacrifícios pelos pecados”.

Outros sugerem que Ele é, na verdade, o próprio Jesus Cristo, que assumiu uma forma pré-encarnada durante o tempo de Abraão.

Mas Melquisedeque é descrito em Hebreus 7.3 como feito semelhante ao Filho de Deus, e não como sendo o Filho de Deus. Melquisedeque era um ser humano histórico, cujo ministério sacerdotal tipifica o de Cristo, um homem a quem Deus usou como uma imagem de Jesus Cristo.

Em Gênesis temos apenas três versículos sobre Melquisedeque.

Alguns milhares de anos mais tarde, Davi faz uma menção breve dele no Salmo 110: 4, declarando pela primeira vez que o sacerdócio do Messias seria como o de Melquisedeque.

Podemos perceber aqui, um duplo ofício de Cristo, rei e sacerdote. Assim como Melquisedeque, era um rei e sacerdote do Deus altíssimo, encontramos em Jesus Cristo, o Rei dos Reis, o sumo-sacerdote da nossa salvação, pois ele é o único mediador entre Deus e os homens.

Somente Jesus pode levar-nos a presença do Pai Celestial.

Rev. Jônatas Outeiro, pastor da Igreja Presbiteriana de Mococa. Rua Visconde de Rio Branco, 997, Mococa. (19) 3656 6074. 



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