SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36



Você entende o conceito de juros na sua vida?

12/07/2021 - por Thamir Marin

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No livro “O Valor do Amanhã” o economista Eduardo Gianetti discorre brilhantemente sobre a natureza, para além de financeira, dos juros. Ele apresenta esse princípio econômico simples de antecipar um benefício para desfrute imediato e o posterior comprometimento a pagar, e defende que isso é apenas parte de um fenômeno natural maior, tão comum quanto a força da gravidade e a fotossíntese.
Nessa obra o economista mostra que o princípio dos juros é biológico, social e até espiritual, a começar pelo próprio processo de envelhecimento a que nossos corpos estão inescapavelmente sujeitos.
Quando fazemos uma dieta ou praticamos exercícios físicos, por exemplo, estamos aplicando o conceito dos juros. Quando planejamos qualquer outro aspecto da nossa vida, estamos praticando os juros, pois o valor do futuro vai depender do que você espera dele, certo?
De forma ainda mais profunda, o autor reflete sobre a vida, o que nas palavras dele é um “intervalo finito, mas de duração indefinida”. Ou seja, nós sabemos que a vida termina, mas talvez a maior questão da condição humana é não ter certeza de quando ela vai de fato terminar. A vida, afinal de contas, é tudo o que nos resta e o nosso maior desafio é fazer dela a melhor experiência possível.
E é nesse exato aspecto que nos deparamos com o maior dilema: aproveitamos hoje, pois não sabemos o dia de amanhã, ou planejamos hoje para um futuro incerto? Será que podemos fazer as duas coisas? Eu digo que com um bom método, sim, podemos aproveitar hoje e nos prepararmos para a incerteza do amanhã.
Muitas sociedades tradicionais viram uma ordem implícita na vida que nós, modernos, muitas vezes deixamos de ver. Uma das lições mais importantes é que cada etapa da vida oferece um conjunto específico de desafios e lições que aumentam nossa maturidade e apoiam o nosso processo individual.
Em educação financeira, trabalhamos com o conceito de planejamento financeiro. Por mais que existam inúmeros imprevistos e incertezas, desde a impossibilidade de sabermos como será a nossa renda ou a taxa de inflação em, digamos, 7 anos, o planejamento financeiro funciona como um guia, um roteiro, que certamente será corrigido durante o tempo.
Normalmente, conforme vamos ampliando nossa renda, buscamos consumir e nos cercar de maior qualidade de vida, certo? Vejo inúmeros profissionais que, por volta dos 35, 40, 45 anos estão com uma renda 10 vezes maior do que quando tinham 25 anos e estão caindo nessa “armadilha”!
Os rendimentos aumentam, o carro aumenta, a casa aumenta, a conta do restaurante aumenta e, no fim do mês, ninguém consegue separar nada para investir no futuro. E pior, muitas vezes essas pessoas, de alta renda, estão endividadas simplesmente por terem caído na armadilha do padrão de vida.
Com o plano correto você consegue ampliar os seus rendimentos e também ampliar o percentual da sua renda que você destina para seus investimentos. Ou seja, sua vida melhora, mas seu plano de futuro também melhora e você evita cair na armadilha do padrão de vida. E depois, o que acontece? Você definitivamente vai colher o resultado do que plantou e cultivou no passado. 



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