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Governo Bolsonaro pediu propina de um dólar por dose de vacina, diz jornal

30/06/2021

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Informação foi passada à Folha por representante de empresa vendedora de vacinas. Propina teria sido cobrada por indicado de Ricardo Barros

Mais um indício de corrupção do governo de Jair Bolsonaro surgiu na noite desta terça-feira (29): um pedido de propina. Um representante de empresa vendedora de vacinas afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde. De acordo com Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresentou ao jornal como representante da Davati Medical Supply, o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, teria cobrado a propina em 25 de fevereiro, durante jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, no Distrito Federal.

Roberto Dias foi indicado ao cargo pelo deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro, mencionado em denúncia à CPI da Covid pelos irmãos Miranda.

A Davati entrou em contato como o Ministério da Saúde para negociar 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca com uma proposta de US$ 3,5 por dose (depois disso passou a US$ 15,5), informa o jornal. “O caminho do que aconteceu nesses bastidores com o Roberto Dias foi uma coisa muito tenebrosa, muito asquerosa”, disse Dominguetti à jornalista Constança Rezende.

Se quiser vender, tem de ser assim
“Eu falei que nós tínhamos a vacina, que a empresa era uma empresa forte, a Davati. E aí ele falou: ‘Olha, para trabalhar dentro do ministério, tem que compor com o grupo’. E eu falei: ‘Mas como compor com o grupo? Que composição que seria essa?’”, contou à reportagem. “Aí ele me disse que não avançava dentro do ministério se a gente não composse com o grupo, que existe um grupo que só trabalhava dentro do ministério, se a gente conseguisse algo a mais tinha que majorar o valor da vacina, que a vacina teria que ter um valor diferente do que a proposta que a gente estava propondo.”

Dominguetti contou mais. “Eu falei que não tinha como, não fazia, mesmo porque a vacina vinha lá de fora e que eles não faziam, não operavam daquela forma. Ele me disse: ‘Pensa direitinho, se você quiser vender vacina no ministério tem que ser dessa forma’”.

Perguntado pela reportagem qual seria essa ‘forma’ de propina ao governo Bolsonaro, Dominguetti respondeu: “Acrescentar 1 dólar”, por dose, segundo ele. “E, olha, foi uma coisa estranha porque não estava só eu, estavam ele [Dias] e mais dois. Era um militar do Exército e um empresário lá de Brasília.” 



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