SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36



Quem está "comprometido"?

06/09/2021

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Esta semana fomos surpreendidos com a notícia de que Silvio Torres determinou o corte de 53 árvores trintenárias.

Segundo ele, em texto que publicou hoje em redes sociais para se explicar, ex-prefeito, ex-deputado estadual, ex-deputado federal, ex-Secretário de Habitação do estado de São Paulo, ex-tesoureiro de uma campanha nacional a presidente, não sabia que para cortar árvores da cidade, em espaços públicos em São José do Rio Pardo, precisaria solicitar antes à prefeitura.

Qualquer pessoa de bem sabe que não pode pegar o que é dos outros sem pedir, sem ser-lhe dado.

Mas Silvio Tores achou que poderia pegar 53 árvores do povo de São José do Rio Pardo e diz que não sabia que precisava pedir?

Silvinho disse isso. Não é crível que um homem com a experiência de vida pública que ele tem desconhecesse o óbvio: que não pode pegar o que não lhe pertence.

Mesmo que ele ignorasse a lei municipal, a ninguém é dado descumprir a lei alegando desconhecimento. Imaginem os senhores e as senhoras que qualquer crime pudesse ser resolvido com o criminoso alegando que desconhecia o código penal? Ou qualquer ilícito civil fosse resolvido com a suposta ignorância sobre a lei?

Em outro trecho do texto através do qual vem tentar se explicar e se justificar, diz “No local, na testada da terra, havia várias árvores junto à cerca, boa parte delas comprometidas e oferecendo risco de cair na estrada municipal”. Quer travestir sua conduta de preocupação com os transeuntes. Seria nobre, se fosse verdadeiro.

Contudo, como se vê em dezenas de imagens feitas pela reportagem do DEMOCRATA, que teve a cautela de registrar não só a posição das árvores fora das cercas das terras de Silvio Torres como fotografou todas as árvores, uma por uma, não estavam doentes ou “comprometidas”.

Silvio Torres não teve o brio, que sua biografia oficial demandaria, de se desculpar com o povo da cidade pela conduta que praticou.

Não assume a própria responsabilidade e tenta desqualificar e culpar os outros.

Tenta culpar até as pobres árvores por as haver cortado, dizendo as cortou por estarem comprometidas!

Em sua história de vida, principalmente na recente, é comum ver Silvio Torres culpar outras pessoas. Um traço de seu caráter, que fala mais sobre si mesmo do que pretende com sua “biografia oficial”.

Silvio Torres, não falou a verdade. As árvores estavam sadias.

Silvio Torres, novamente não falou a verdade. Quando diz “jornal editado e dirigido por uma pessoa várias vezes processada e condenada pela justiça, por corrupção, noticias falsas e outros crimes”, mentiu. O Editor do DEMOCRATA não tem uma única condenação criminal e muito menos qualquer condenação por corrupção. Silvio Torres vai responder por seus atos na justiça, como vai responder por haver cortado árvores da cidade.

As árvores pertenciam à cidade. Pertenciam ao povo. Essa conduta de se apropriar do que é do povo e incorporar ao próprio patrimônio é algo próprios dos velhos políticos, e não condiz nem de longe com alguém que se canta aos quatro ventos “vestal da política”.

Até crianças sabem que não podem pegar o que é dos outros.

A prefeitura deu três avisos de que precisaria interromper os cortes. Somente com a chegada da Guarda Civil Municipal, na terceira vez, Silvio Torres determinou a interrupção do corte das árvores da cidade e sua derrubada dentro de seu terreno, onde já estavam sendo cortadas como lenha para o consumo do nobilíssimo político.

Por décadas a cidade de São José do Rio Pardo elegeu, eu incluso, Silvio Torres. E, por décadas, a cidade viu a vida pessoal de Torres e de seus próximos, principalmente seus assessores, prosperar.

Até aqui, digo licitamente, não falo de prosperidade ilícita. No mesmo período, contudo, enquanto Silvio Torres teve o poder nas mãos, a empresa IRGA fechou dezenas de postos de emprego em São José do Rio Pardo. Novas empresas foram abertas, gerando empregos em outras cidades.

Silvio Torres, em seus negócios privados tem o direito de não manter empresas ou empregos em São José do Rio Pardo. Não tem é, como candidato, o direito de após retirar seus negócios daqui e gerar empregos fora, vir fazer campanha dizendo “amor por São José”.

Nos anos que Silvio Torres esteve no poder a cidade de São José do Rio Pardo viveu um empobrecimento generalizado. Ruas, praças, serviços públicos… ...os principais equipamentos do estado de São Paulo foram todos encaminhados para São João da Boa Vista.

Não construiu nem uma única casa popular em São José do Rio Pardo quando foi Secretário de Habitação do Estado de São Paulo.

E, falando em processos, lança-se aqui um desafio. Aguarda-se resposta, considerando o silêncio como aquiescência: vamos publicar todos, TODOS os processos que o Sr. Silvio Torres responde em todo o país, e todos o que o editor de DEMOCRATA responde? Talvez devamos começar a publicar, já que o próprio gosta tanto de falar de processos alheios. Por que não fala dos próprios? Vamos falar do DESENBAHIA?

Enquanto Silvio Torres fez sua vida pública, restaram escombros de serviços públicos em São José do Rio Pardo.

Uma vergonha, um homem adulto, maduro, tentar pegar madeira dos outros, da cidade, sem pedir e ainda vir querer ofender pessoas quando pego com as “calças na mão”.

Próprio de oligarquias familiares políticas, dos tempos do coronelismo, querer desqualificar qualquer opositor e gabar-se da própria fidalguia. Silvio Torres acha ser melhor do que o editor do DEMOCRATA. Mas não se enganem: quando ele corta 53 árvores da cidade para si, como fez, mostra que pensa que é melhor do que os moradores daqui. Deixa clara a impressão que pensa ser melhor do que os outros.

Mas não é.

Vivemos em uma república. Pessoas tem famílias, tem relacionamentos. Quando Silvio Torres e seus correligionários passam por cima de outros em campanhas eleitorais, quando seu jornal, que respondeu mais processos judiciais do que o DEMOCRATA jamais respondeu, tece duras críticas a quem com ele não se alinha, quando sua rádio, concessão pública, proíbe de ter ali voz quem com ele não se alinha, esquece que não é só ele que merece ser respeitado.

Não aceitaremos intimidação de coronel da velha política.

DEMOCRATA traz fatos que muitos outros órgãos de mídia acabam por não trazer, alguns por medo dos coronéis. Antes os capangas resolviam isso, matando os opositores. Agora os capangas virtuais tentam matar a reputação dos opositores. A verdade há de prevalecer!

Este mês DEMOCRATA faz 35 anos. Há 35 anos foi criado pelo ex-prefeito Richard Celso Amatto com o intuito de dar voz aos desvalidos. DEMOCRATA segue honrando suas origens e dando voz a gente simples das cidades, mostrando que não existe roupa mágica de ouro e que o rei desfila nu.

35 anos estando de pé, mostrando a verdade como ela é.

Com jornalismo responsável, com credibilidade e com coragem de falar o que precisa ser dito.

Teremos comemorações.

Aguardem! 



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