SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36 |
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Tratamento da obesidade através da reeducação alimentar11/12/2023
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que em 2025, teremos 700 milhões de obesos adultos em nível mundial. No Brasil, atualmente, os números da obesidade estão aproximadamente em 20% da população e em 55,4% com excesso de peso. Os hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, estilo de vida são as principais causas para o desenvolvimento da obesidade. Entretanto, os aspectos psicológicos como estresse, depressão, ansiedade também são desencadeadores para a patologia. A hereditariedade pode influenciar no ganho de peso, considerando em uma família que nenhum dos pais são obesos a probabilidade de desencadear a obesidade é em 9%; um dos pais é em 50%; e o pai e a mãe obesos o filho poder ser obeso em 80%. A classificação da obesidade é realizada através do Índice de Massa Corporal (IMC), Obesidade grau I: 30-34,9 Kg/m²; Obesidade grau II: 35-39,9 Kg/m²; Obesidade grau III (mórbida): >40kg/m². E baseado na circunferência da cintura: homens > ou igual 90 cm e mulheres > ou igual 80 cm. Existem consequências graves na obesidade que podem propiciar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes, dislipidemias, apneia obstrutiva do sono, refluxo gastroesofágico, gota, infertilidade, câncer, doença renal e hepática, hipertensão arterial sistêmica. A reeducação alimentar tem papel fundamental na saúde do indivíduo obeso através da modificação da alimentação atual, redução do peso e dos fatores de risco cardiovasculares para evitar futuramente transtornos alimentares, sempre com enfoque de não só mudar o corpo, mas associado a como lidar psicologicamente com a comida. A alimentação deve ter uma redução de 500 a 1000 calorias por dia, a quantidade exata é individual. Mastigar bem devagar durante as refeições para poder produzir o hormônio da saciedade, a leptina, que é produzida nas células adiposas e agem diretamente no cérebro para controlar o apetite e promover a saciedade. ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS Aumentar o consumo de proteínas para promoção da saciedade; Iniciar as refeições com saladas cruas; Consumir de 25 a 30g/ dia de fibras juntamente com líquidos para fins de saciedade e funcionamento adequado do intestino; Trocar farinhas brancas por grãos integrais; Aumentar o consumo de verduras; Frutas com alto teor de água: melancia, morango, limão, acerola, abacaxi, melão, kiwi, laranja; Preferir queijos brancos; leites e iogurtes desnatados; Carnes magras, peixes, frango, sem gorduras e sem pele; Consumir grelhados, assados, cozidos e no vapor; Não pular as refeições e nem realizar jejuns prolongados; Não cozinhar com fome; Não fazer dietas da moda; Restringir bebidas alcoólicas; Evitar doces, refrigerantes, salgadinhos, bolachas recheadas e produtos industrializados; Não substituir as refeições principais por lanches; Realizar as refeições em locais tranquilos, longe de televisão, celular e computador; Preparar as refeições com produtos naturais. É imprescindível o acompanhamento durante todo o tratamento da obesidade com um médico e um nutricionista para o alcance da perda de peso de maneira saudável e melhora da qualidade de vida, comumente a prática de atividade física diária para que o balanço do gasto energético seja maior que o consumo calórico. Lembrando que, toda a rotina alimentar proposta é individualizada já que não é só tratada a obesidade e sim todas as doenças apresentadas pelo indivíduo, podendo incluir suplementos alimentares. E em alguns casos, o médico pode indicar a cirurgia bariátrica.
Publicado na edição 1799 de 9 de dezembro de 2023, pág. 10 Comentários |
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