SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36



Do século XX ao XXI: Silvio Torres retorna, com projetos do futuro, mas com o peso do passado

09/11/2020

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A proposta principal de Silvio Torres, candidato a prefeito pela coligação Amor por São José, em apresentação, nessa segunda-feira, 09 de novembro, deve conciliar dívidas públicas de gestões passadas com a construção de projetos urbanos de alto custo, como o término da obra de esgoto e a construção de uma ponte que ligará os bairros Vale do Redentor com o Cassuci.

A reunião de proposta aconteceu na sede da Associação de Engenheiros e Arquitetos do Vale do Rio Pardo, bairro Buenos Aires. Por organização da presidência da associação, os únicos que poderiam fazer perguntas eram os associados, nesse caso, o Democrata, representado pelo repórter Gabriel Fécchio, pôde apenas observar e ouvir.

Sílvio Torres, disposto, em uma aparência não setenta, declarou: “o esgoto não tratado impede com que empresas se instalem no município. Nosso projeto absoluto”. O esgoto, a obra do mal que não impulsiona São José, serviu de sustentáculo, durante o discurso do antigo parlamentar, de que a cidade não sairá do lugar enquanto não houver obra pronta de saneamento básico.
Tão antigo quanto a obra final de esgoto é o discurso de término, os últimos prefeitos fizeram a mesma afirmação. Na continuidade da entrevista à AEA, o Psdbista propõe um novo distrito industrial, na área e imediações do Parque de Exposições da prefeitura, onde, segundo ele, terá 12 proprietários (os quais não foram mencionados), e que o poder público deve realizar a organização e o incentivo da ideia.

O julgamento de Sílvio Torres foi: “sem a conclusão desses projetos, por meio de parcerias público-privadas, não haverá cidade do futuro”. Posteriormente, o prefeito da década de 80 do século XX, trouxe à tona a questão do desemprego, que avançará no pós-pandemia, além de comunicar que a prefeitura está com déficit orçamentário de 15 milhões de reais, somados a mais dez milhões de reais de empenhos anteriores, ou seja, mais de 25 milhões reais. Vale ressaltar que, quando o Torres descreve “empenhos passados”, ele quer dizer que, do início do século XXI até os dias de hoje, das 5 administrações municipais, 3 foram exclusivas do PSDB; uma é de um partido aliado.

Com o avanço do desemprego, e em uma cidade sem oferecimento de empregos, a população não poderá reerguer uma economia. Sem compra, não existe circulação de impostos. Sem impostos, não há como gerar dinheiro aos cofres públicos. Sílvio se recusou a dar entrevista ao jornalista Gabriel Fécchio, por motivos de “não dou entrevista a este jornal”, um direito ético jornalístico. Mas, por via das dúvidas, como o candidato poderá administrar projetos inacabados, novos e caros com uma prefeitura em dívida e em um país que passa por uma crise de saúde, econômica e social?


Se depender de todos esses números apontados pelo próprio Sílvio, São José do Rio Pardo só deve repetir aquilo que todos os outros já sabem e querem que o rio-pardense acredite: “o problema é o esgoto”.

 

Reportagem e imagens: Jornalista Gabriel Fécchio

 



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