SÃO JOSÉ DO RIO PARDO E REGIÃO – ANO 36



Como Resistir à Incredulidade: Um Conselho Prático e Urgente

17/05/2025

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A exortação “Tomai cuidado, irmãos” (Hb.3.12), ressoa como a nota fundamental da Epístola aos Hebreus, um acorde que permeia toda a sua tensão. Embora a graça divina assegure que nenhum verdadeiro cristão se afaste irrevogavelmente, Deus preserva seu povo da apostasia através de meios que se harmonizam com sua natureza racional e moral. Assim, o Espírito Santo dirige a cada crente individual o chamado a “tomar cuidado”. Para evitar nos desviarmos do Deus vivo, somos instados a seguir alguns princípios cruciais.

Primeiramente, devemos “ouvir a sua voz”, que agora nos alcança através do doce e glorioso evangelho, revelando obras ainda maiores do que as realizadas para o antigo Israel, pois “Deus nos falou em seu Filho”. A obediência a essa voz tem o poder de suavizar e fortalecer nossos corações simultaneamente, tornando-nos mais generosos e ternos.

Em segundo lugar, somos chamados a “exortar-vos uns aos outros”. A comunhão na Igreja proporciona o ambiente para promovermos o bem-estar mútuo. A Igreja se configura como uma sociedade espiritual de benefício recíproco, onde conselhos e admoestações amigáveis atuam como uma valiosa salvaguarda contra a apostasia. Duas considerações devem impulsionar esse dever: a brevidade da vida e as ciladas insidiosas do pecado.

Finalmente, é imperativo “permanecer firme até o fim”. É perigoso para um crente contentar-se com a mera lembrança de sua conversão inicial; ao contrário, deve constantemente se voltar do pecado para Cristo. Não é sábio enfatizar sentimentos e experiências passadas; em vez disso, devemos nutrir ao longo da vida uma confiança sempre renovada e viva no Salvador, uma fé que se fortalece e se evidencia no amadurecimento do “fruto do Espírito”.

É essencial mantermo-nos vigilantes contra a incredulidade, pois, sem perseverança na fé até o fim, não entraremos no descanso prometido. Podemos até acreditar que estamos a caminho do céu, mas corremos o risco de não alcançá-lo sem a atuação das ferramentas do Espírito Santo em nossas vidas. É preciso ter cautela com o decisionismo, pois ser cristão transcende uma simples oração de aceitação de Jesus como garantia automática de acesso ao céu. Professar a fé cristã e viver como um não crente configura um ateísmo prático. Para perseverarmos na fé, a participação na comunhão com outros crentes em Cristo é fundamental. Dentro da comunidade cristã, devemos nos aproximar uns dos outros e permitir essa aproximação. Constantemente, devemos encorajar e admoestar nossos irmãos a avançarem nas coisas de Deus, e eles devem fazer o mesmo por nós. Não fomos chamados para sermos “independentes”; nosso coração é demasiadamente traiçoeiro para isso. Outras pessoas podem discernir em nossa crença e vida aspectos que necessitam de correção. Devemos nos colocar em uma posição onde essas coisas possam ser observadas, receber humildemente o que nos dizem e agir em conformidade.

Contudo, isso ainda não é suficiente. Devemos “considerar atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus”. Manter Cristo e a Palavra constantemente em nosso pensamento, e permitir que nosso coração se eleve a Ele em adoração, gratidão, amor e obediência, é o caminho para estarmos perfeitamente seguros. Deus não tornou a perseverança uma tarefa árdua. Se mantivermos nosso olhar fixo no líder da jornada, Jesus Cristo, seguindo-o de perto, chegaremos em segurança ao céu e desfrutaremos do descanso eterno que Ele nos prometeu.

Rev. Jônatas Outeiro, pastor da Igreja Presbiteriana de Mococa. Rua Visconde de Rio Branco, 997, Mococa. (19) 3656 6074. igrejapbmococa@gmail.com  



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